domingo, 31 de janeiro de 2021

Tipos de Limites entre Placas Litosféricas


Existem 3 tipos de fronteiras ou limites entre placas litosféricas:

1- Limites Convergentes (destrutivos)

Há choque de placas que pode ser de três tipos:

Colisão entre 2 placas continentais

  •  eleva-se a crosta
  • formam-se Cadeias Montanhosas.
  • Ex.:  Himalaias (resultam da colisão da placa Indo-Australiana com a Euro-Asiática)
Formação dos Himalaias


Colisão entre 2 placas oceânicas

  • forma-se uma fossa oceânica
  • há subdução da placa oceânica mais antiga
  • forma-se um ARCO INSULAR.
  • Ex.:  fossa das Marianas (resulta da colisão de duas placas oceânicas)
Colisão de duas placas oceânicas


Colisão entre 1 placa oceânica e 1 placa continental 

  • forma-se uma fossa
  • a placa oceânica que é mais densa mergulha debaixo da continental
  •  A placa continental enruga e forma uma zona montanhosa com vulcanismo - ARCO VULCÂNICO. 
  • Ex: a cordilheira dos Andes (forma-se na zona onde a placa de Nazca - oceânica mergulha sob a placa sul-americana - continental). 
Formação dos Andes


2- Limites Divergentes (construtivos)
  • as placas afastam-se uma da outra 
  • forma-se um rifte 
  • forma-se nova crosta oceânica
  • Ex.:  crista médio-atlântica 
Limite Divergente


3- Limites conservativos ou transformantes
  • as placas deslizam horizontalmente 
  • não há formação nem destruição de crosta oceânica. 
  • As falhas que constituem este limite chamam-se transformantes.
  • Os sismos são muito frequentes
  •   Ex.: limite entre a placa Pacífica e a placa Norte-Americana, onde se formou a Falha de Santo André

Falha de Santo André
   

      Assiste ao resumo:


Pangeia em PopUp e os Tipos de Limites de Placas Tectónicas

 O supercontinente Pangeia, no qual a América do Sul e África estavam unidos, separou-se há 200 milhões de anos. Mas os continentes ainda não pararam de se mover – as placas tectónicas por baixo dos nosso pés continuam a deslocar-se a mais ou menos a mesma velocidade a que crescem as nossas unhas. Michael Molina fala dos catalisadores e consequências da deriva continental. 

      Lição de Michael Molina, animação por TED-Ed.


Atividade Prática - Correntes de Convecção

 

                              www.ccvestremoz.com

Tectónica de Placas


O estudo do fundo dos oceanos e do paleomagnetismo, aliados à Teoria da Deriva Continental, levaram ao aparecimento, na década de 60, da Teoria da Tectónica de Placas (Robert Palmer e Donald Mackenzie).

Esta teoria parte do pressuposto de que a camada mais superficial da Terra – a Litosfera – é rígida e está fragmentada em várias placas de diversas dimensões que se movem relativamente umas às outras, sobre um material viscoso, mais quente. Estas placas denominam-se Placas Litosféricas ou Tectónicas.


Nesta teoria não são os continentes que se movem mas sim as Placas Tectónicas. 

Nas fronteiras das placas denominadas por dorsais é criada nova litosfera oceânica que depois é destruída nas fossas oceânicas (zonas de subducção), no limite oposto dessas placas. 

O motor do movimento relativo das placas é o calor interno da Terra que é transferido até à superfície através de células de convecção que se situam na astenosfera.



Paleomagnetismo e a expansão dos oceanos

O paleomagnetismo é o estudo dos antigos campos magnéticos terrestres que ficaram preservados nas rochas aquando da sua formação.

Este estudo mostrou que:
  • rochas (basaltos) com minerais com ferro que registam o campo magnético terrestre na altura da sua formação;
  • atualmente o pólo norte magnético coincide com o pólo norte geográfico - polaridade normal.
  • há rochas com registo de campo magnético com polaridade diferente da atual - polaridade inversa - em que o pólo norte magnético fica próximo do pólo sul).
  • a alteração de polaridade deve-se a alterações das correntes de material, dentro do núcleo.
     Representação esquemática da evolução temporal da polaridade magnética nos fundos oceânicos

Nos anos 60, F. Vine e D. Matthews, juntaram a hipótese de expansão dos fundos oceânicos de Harry Hess que admite que o fundo oceânico se move e expande a partir de um eixo central, com os resultados de trabalhos do paleomagnetismo e sugeriram que o crescimento do fundo oceânico se fazia através dos riftes, à custa do material magmático proveniente do interior da Terra

Com efeito, o magma, ao solidificar, magnetiza-se em função do campo magnético existente na altura. Esta ejeção de magma é seguida por outras que se vão afastando para um e outro lado dos riftes, consolidando e magnetizando-se de acordo com o campo magnético existente na altura.

A ocorrência de uma alternância de rochas com polaridade normal e inversa, dispostas simetricamente em relação ao rifte, é a prova mais consistente da expansão dos fundos oceânicos.

As determinações de idade isotópica de rochas basálticas do fundo oceânico confirmam que as rochas são tanto mais antigas quanto mais afastadas se encontrem do rifte.
                                                                                                           
adaptado de casadasciencias.org

sábado, 30 de janeiro de 2021

Morfologia do fundo oceânico - A fossa mais profunda - Fossa das Marianas



A fossa das Marianas é o local mais profundo dos Oceanos.

Situa-se no Pacífico, a leste das Ilhas Marianas, na fronteira entre as placas tectónicas do Pacífico e das Filipinas.

Lê mais AQUI

Morfologia do fundo oceânico - dorsal oceânica

Dorsal oceânica (crista média oceânica)
  • grandes cadeias de montanhas submersas nos oceanos
  • situam-se na parte central dos oceanos
  • têm uma altura média de 2 000 a 3 000 metros acima dos fundos oceânicos circundantes. 
  • na sua região central têm um rifte - um sulco axial percorrendo longitudinalmente a dorsal.

Dorsal Médio Atlântica